Que a Fundação Salvador Arena é referência em toda suas áreas de atuação você, provavelmente, já sabe. Mas você sabe como tudo começou? Como se deu o início das fábricas, do colégio e da faculdade? Essas são algumas das perguntas que o Centro de Documentação, Memória e Referência da Fundação Salvador Arena (CDMR) pode responder.
Além de ser um espaço de guarda da história institucional, o CDMR também atua de forma a produzir novas memórias e conteúdos, por meio de atividades e projetos temáticos em parceria com os setores do Centro Educacional da Fundação Salvador Arena.
Catalogação de documento
O Centro de Documentação, Memória e Referência da Fundação Salvador Arena tem como missão preservar a história da Fundação Salvador Arena em sua completude, o que compreende a história pessoal de seu instituidor e tudo o que dela deriva. Para isso, contamos com um acervo expressivo: são mais de 8.000 documentos cadastrados, em diversos suportes e formatos, em nossa base de dados. Esses documentos demandam alguns cuidados específicos.
A catalogação é uma das etapas fundamentais da organização do acervo, e consiste no estabelecimento de padrões de ordenamento e de descrição da documentação de acordo com princípios da arquivologia, o chamado plano de classificação.
O plano de classificação deve ser elaborado de acordo com as necessidades de cada acervo, considerando as especificidades da instituição. No caso do CDMR, o plano de classificação foi pensado de forma a abarcar os diversos aspectos da atuação da FSA, além do acervo pessoal de seu fundador. Para dar conta de todos os tipos documentais produzidos pela FSA, a estrutura de nosso sistema de classificação inclui os seguintes conceitos: Fundo, Coleção, Seção, Subseção, Grupo, Subgrupo, Série, Subsérie e Dossiês. Cada um desses conceitos abrange as divisões necessárias para a organização do acervo. Temos por exemplo, os grupos: Eventos, Transformação Social, Saúde, Habitação e Infraestrutura.
Catalogar um documento é imprescindível para sua correta identificação e para que ele possa ser disponibilizado e aplicado à construção da memória da nossa instituição.
História Oral
Se você visitou alguma vez o CDMR, provavelmente sabe que o setor desenvolve um Programa de Registro de História Oral. Mas você sabe o que é história oral e quais são os seus objetivos?
De forma resumida, a história oral é uma metodologia de pesquisa que consiste em gravar entrevistas com pessoas que possam relatar aspectos da história que tenham testemunhado. A história oral é produzida a partir de estímulos – perguntas feitas pelo pesquisador e exige, antes da realização das entrevistas, uma pesquisa prévia para elaboração de um roteiro. No acervo do CDMR temos entrevistas com ex-alunos, funcionários, conselheiros, clientes da Termomecanica, parceiros da Fundação Salvador Arena e amigos do Eng. Salvador Arena. Essas entrevistas preenchem possíveis lacunas que possamos ter em relação a determinados períodos ou fatos, mas acima de tudo, nos ajudam a entender a dimensão afetiva da história institucional e suas implicações na vida das pessoas que ajudam a construí-la.
Curadoria
Você que faz parte da comunidade interna da Fundação Salvador Arena, provavelmente já viu alguma das nossas exposições institucionais, disponibilizadas em meio físico ou virtual. Mas você sabe qual é o papel desempenhado pelo CDMR nessas exposições?
Além de fazer proposições temáticas, o CDMR é também responsável pela curadoria das exposições que têm como foco a história da instituição. A curadoria começa pela definição da linha discursiva e da escolha dos materiais que irão compor uma exposição, mas ainda que essas sejam suas principais atividades, o curador também tem participação no processo de viabilização da exposição e na mediação com o público.
Atividades pedagógicas
Dentro do CEFSA, o Centro de Documentação, Memória e Referência da Fundação Salvador Arena (CDMR) constitui um lugar de memória formado por documentos textuais, iconográficos, audiovisuais e objetos tridimensionais gerados pelas diversas unidades da FSA e por documentos pessoais de seu fundador.
A presença de um espaço como o CDMR em um Centro Educacional permite o desenvolvimento de diversas atividades em parceria com as coordenações pedagógicas, tanto no sentido de fortalecer a cultura institucional, quanto de apresentar aos estudantes o papel de um centro de memória e relacionar o acervo do CDMR com as experiências vividas por eles em seu cotidiano, trabalhando a importância das memórias para a formação da nossa identidade.
Integrações
Entendemos que conhecer a história da instituição, para funcionários e estudantes, é um passo importante para a identificação e para o desenvolvimento de uma sensação de pertencimento. Por isso, todos os funcionários da Fundação Salvador Arena e alunos de suas unidades educacionais passam, no início de sua jornada na instituição, por uma integração no CDMR, onde são apresentados, por meio de uma linha do tempo, à história de seu fundador e de sua criação, avançando por seus principais marcos. Na integração, a comunidade interna também pode conhecer a estrutura organizacional e entender a origem dos valores institucionais que guiam nossas ações, além de visitar parte do nosso acervo.
Histórias Cruzadas
A memória institucional já é reconhecida como uma ferramenta estratégica que pode ser utilizada de diversas formas na gestão de uma instituição, mas os acervos mantidos pelas empresas carregam também um sentido social que extrapola as funções corporativas: a história de nenhuma instituição está descolada da história da comunidade em que está inserida, e os seus acervos contam uma história coletiva que, por sua vez, imprime marcas nas memórias institucionais. Esses acervos acabam, portanto, fornecendo subsídios para pesquisas sobre temas mais gerais, já que muitas vezes preservam documentos e objetos que não se encontram em acervos públicos. No CDMR, é possível ver como a história da Fundação Salvador Arena se cruza, em diversos pontos, com diversas outras histórias, como a história de São Bernardo do Campo, por exemplo, e de todas as pessoas e comunidades que já foram beneficiadas pelos projetos apoiados pela Fundação.
Cultura Institucional
Desde a década de 2000, muitas organizações têm apostado em centros de memória como uma ferramenta estratégica de gestão. Os centros de memória têm como objetivo principal objetivo reunir, organizar, conservar a memória institucional, e também produzir conteúdo a partir dela.
Um dos fatores que tornam esse trabalho essencial é o fato de que a história de uma organização é a base para se entender a sua cultura. Os valores, a missão e o modo como as atividades de uma instituição são conduzidas se tornam muito mais fáceis de assimilar quando a sua história está acessível, tanto para a comunidade interna quanto para o público externo.
O CDMR contribui para a disseminação da cultura institucional da Fundação Salvador Arena por meio da preservação de seu acervo histórico e da realização de divulgações, exposições, atividades pedagógicas e integrações de alunos e funcionários, entre outras ações. Dessa forma, as atividades desempenhadas no cotidiano da Fundação ganham um novo sentido, movidas pelo senso de pertencimento despertados pela memória institucional.